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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Monday, July 25, 2011

Tecnologia do descontrole

Ontem à noite fiz a leitura das revistas semanais e me abismei com a matéria sobre redes sociais da Revista Veja. Não pelo tema, mas pela colocação das pessoas. A questão principal era: traição pela internet é traição também? É, quem passou por isso afirma que dói ser traído do mesmo jeito!

Bom, que a rede veio auxiliar em muitos aspectos a nossa vida, é uma verdade, mas que veio distorcer ainda mais as relações, é uma verdade maior ainda!

Antigamente as traições davam-se por encontros casuais, ou não, mas de corpos presentes. Alguns entrevistados na reportagem destacam a facilidade de que, estando na rede, não há indícios físicos que comprometam. E já circula pela web redes de relacionamento para a prática. Sim, cadastram-se os comprometidos e ali traem seus parceiros. E ainda há algo que essas pessoas acham positivo: não precisam dar explicações de seu estado civil, afinal, todo mundo ali tem compromisso, apenas está variando.

Nem precisamos ir tão longe. Nos dias atuais, nem seria necessária uma rede específica para tais encontros. Quem não sabe que homens e mulheres andam buscando em conversas via MSN, redes sociais e salas de bate papo alguém que seja diferente de seu parceiro, mesmo que não seja “real”? Aliás, até mesmo as relações que não englobam traição estão sendo vividas apenas na rede.

Sim, as pessoas estão preferindo a zona de conforto da internet para ter um relacionamento. Assim, não precisam se esforçar, se deslocar a lada algum, abrir mão de seu mundo e manter alguém. Então isso substitui uma relação corpo a corpo? Não estou falando apenas de sexo, todo mundo sabe bem que as webcams vieram para auxiliar se esse for o problema, porém eu não consigo entender esse processo! Tudo mecanizado, distante. Não existe troca de carinho, bom dia, não existe cinema e nem apenas ficar deitado sem fazer nada. Os piqueniques foram pro brejo e o contato humano ficou relegado a segundo plano.

Por mais que a tecnologia nos favoreça, nos aproxime de pessoas, jamais o olho no olho deve ser substituído, ao vivo, não pela webcam, o toque não pode ser satisfeito pela tela e o companheiro por uma máquina. A tecnologia pode ser a ponte, jamais o caminho. E as traições sendo na rede ou fora dela deveriam inexistir.

Precisamos repensar o mundo!



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