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Professora, Jornalista, Relações Públicas e Mestre em Comunicação Social. Apaixonada pela comunicação e pelo imaginário humano e cultural.

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Friday, April 23, 2010

Educação


Por Bruna Silveira




Quem não parou, ao menos uma vez na vida, para pensar no tempo que perdia na escola. Eu muito pensei principalmente nos meus idos anos do cruel segundo grau, hoje o famoso ensino médio.
Decorar fórmulas, tabela periódica, fazer cálculos mil de X vale não sei o que. Vivia me perguntando, no que isso agregaria em minha opção de vida, que era a área da comunicação. Ok, mais tarde compreendi que precisava de tudo isso para passar no vestibular e, então, o fardo tornou-se mais leve.

Mas afinal, pensava ainda, a vida se aprende como? Na escola? Na castradora escola particular em que eu entrava todas as manhãs ou, muito do que eu sei hoje aprendi na vida? O aprendizado vale quanto? Faz-se onde?

Hoje posso dizer que por todos os meios se aprende. Com a escola, cheguei na faculdade, com a faculdade me tornei profissional, mas se não fosse pelas coisas que aprendi fora das classes, talvez muito eu não pudesse oferecer ao mercado hoje.





Questionamentos normais na adolescência estavam retratados nas telas do cinema do Brasil com o filme Educação. Dirigido pela dinamarquesa Lone Scherfig, e lançado no Brasil em 2010, a película trouxe a tona a época de Londres pré-"swinging sixties". Jenny, a personagem principal do longa, uma estudiosa adolescente de 16 anos, se vê seduzida pelo aprendizado da rua, proporcionado pelo sedutor David. Diga-se que bem mais velho do que ela, e com uma conversa de levar no papo, até o pai conservado de Jenny. Ele apresenta não só “a vida real” para a menina, mas como o sub-mundo da mentira. A questão toda da trama, dentro da mente de Jenny é: vale eu me casar com este homem e deixar meu sonho de faculdade, de música para trás ou vale correr atrás da minha Educação profissional.





A trama de mentiras montada por David tem seus dias contatos no filme e Jenny, ao saber de toda a verdade toma a decisão. Retomar sua vida e ser alguém. Além dos questionamentos naturais da juventude, a adolescente descobre que crescer vai além dos muros da sala de aula, mas não pode ultrapassar a dignidade humana e feminina.


1 comment:

betasimon said...

Bah, Bruna, eu acho o ensino formal muitíssimo importante!! a vida, sim, nos ensina muita coisa! mas tem muita coisa que só se aprende na escola, na faculdade, nos livros, revisando os cadernos do passado, revisando lições e histórias que já passamos, mas estão esquecidas... viver é recordar, viver é também estar aberto para outras experiências e para sempre aprender mais. Aqui na África estou aprendendo muito a importância do ensino. Dei um curso em Brasília sobre comunicação e expressão. Um cara de publicidade, na faculdade, não sabia escrever direito. LAMENTÁVEL! Depende do que queremos para nossas vidas... nós escolhemos o nosso destino. Como comunicólogos, não podemos ter erros de português e precisamos de muita cultura geral. Esse é nosso trabalho: estudar sempre muito nossa língua e cultura geral.